O TRANSTORNO DA SÍNDROME DO PÂNICO
Sempre fui uma pessoa engraçada. Herdei isso do meu pai, que não sei de quem herdou. Coisas da árvore genealógia.
Apesar de meio tímida (sim), sempre coloquei essa couraça de palhaça pra me proteger de ventuais ataques. Quase sempre funcionou.
Sempre fui conhecida como uma pessoa forte, e sempre fui mesmo. Mas a força tem suas desvantagens, pois é difícil alguém se oferecer como um ombro amigo pra uma pessoa forte. Vc fica meio sozinho.
Tive meus filhos e vivi em muita dificuldade quando eles eram pequenos, mas aguentei firme : meu marido sempre se orgulhou dessa força minha, e muitas vezes ele mesmo me deixou só sem perceber...afinal, alguém que se basta precisa do outro?
O meu mecanismo de defesa era esse. Até o ano de 2006.
Janeiro é o mês do meu aniversário. dia 27, no mesmo dia que a vida me deu de presente meu primeiro filho: Mateus, hoje com 18 anos e um rapaz lindo e inteligente (mesmo).
Foi nesse janeiro de 2006 que perdi meu pai. Não éramos muito próximos, ele sempre foi alcoólatra e essa doença destruiu nossa família. Mas isso é outra história.
O fato é que nunca senti uma dor tão forte, e seis meses depois ela se tranformou num mix de depresssão e trantorno do pânico.
Tive que parar meu curso de design de interiores porque não aguentava me levantar da cama. E não consegui mais retornar.Meus filhos sofreram muito, eram mais novos, não entendiam muito. Meu marido, um anjo. É um homem de valor, tem uma paciência infinita comigo.
Digo isso porque eu estava indo muito bem até esse ano de 2010, quando o pânico veio que nem um tsunami e me derrubou. Tô no chão ainda. Mas vou levantar.
E aí o suporte familiar e de queridos é tudo. Pois a gente fica medroso, cheio de manias esquisitas, e é difícil pras pessoas entenderem e ficarem confortáveis numa situação dessas.
Você está muito bem no cinema e tem que sair correndo. Está caminhando na praia e tem que tirar forças de onde não tem só pra chegar no carro. Está numa loja comprando um sofá, senta nele e começa a chorar..rs....eu até rio disso hj, mas isso aconteceu comigo há duas semanas atrás. Um mico. A vendedora não entendeu nada e até me deu um desconto...rs
Eu não sabia da blogagem coletiva, mas vi que todo mundo escreveu muito bem. Claro, os blogs que visitei. Eu tenho todos esses medos elevados à décima potência. Mas tenho fé que vai passar. É uma fase. Tudo bem que ela já dura 4 anos. Mas vai passar. Tenho certeza disso.
Apesar de meio tímida (sim), sempre coloquei essa couraça de palhaça pra me proteger de ventuais ataques. Quase sempre funcionou.
Sempre fui conhecida como uma pessoa forte, e sempre fui mesmo. Mas a força tem suas desvantagens, pois é difícil alguém se oferecer como um ombro amigo pra uma pessoa forte. Vc fica meio sozinho.
Tive meus filhos e vivi em muita dificuldade quando eles eram pequenos, mas aguentei firme : meu marido sempre se orgulhou dessa força minha, e muitas vezes ele mesmo me deixou só sem perceber...afinal, alguém que se basta precisa do outro?
O meu mecanismo de defesa era esse. Até o ano de 2006.
Janeiro é o mês do meu aniversário. dia 27, no mesmo dia que a vida me deu de presente meu primeiro filho: Mateus, hoje com 18 anos e um rapaz lindo e inteligente (mesmo).
Foi nesse janeiro de 2006 que perdi meu pai. Não éramos muito próximos, ele sempre foi alcoólatra e essa doença destruiu nossa família. Mas isso é outra história.
O fato é que nunca senti uma dor tão forte, e seis meses depois ela se tranformou num mix de depresssão e trantorno do pânico.
Tive que parar meu curso de design de interiores porque não aguentava me levantar da cama. E não consegui mais retornar.Meus filhos sofreram muito, eram mais novos, não entendiam muito. Meu marido, um anjo. É um homem de valor, tem uma paciência infinita comigo.
Digo isso porque eu estava indo muito bem até esse ano de 2010, quando o pânico veio que nem um tsunami e me derrubou. Tô no chão ainda. Mas vou levantar.
E aí o suporte familiar e de queridos é tudo. Pois a gente fica medroso, cheio de manias esquisitas, e é difícil pras pessoas entenderem e ficarem confortáveis numa situação dessas.
Você está muito bem no cinema e tem que sair correndo. Está caminhando na praia e tem que tirar forças de onde não tem só pra chegar no carro. Está numa loja comprando um sofá, senta nele e começa a chorar..rs....eu até rio disso hj, mas isso aconteceu comigo há duas semanas atrás. Um mico. A vendedora não entendeu nada e até me deu um desconto...rs
Eu não sabia da blogagem coletiva, mas vi que todo mundo escreveu muito bem. Claro, os blogs que visitei. Eu tenho todos esses medos elevados à décima potência. Mas tenho fé que vai passar. É uma fase. Tudo bem que ela já dura 4 anos. Mas vai passar. Tenho certeza disso.
Comentários
Minha querida amiga tenho certeza de que logo você estará bem novamente, a nossa sorte é que do chão não dá para passar (para tentar dar um tom de humor, né). O apoio da família nessas horas é o nosso porto mais seguro.
Um garnde beijo
minha mãe sofre de Sindrome do Panico. Ela teve a primeira crise quando eu tinha aproximadamente 7 anos, e hoj estou com 28. Por mais que tenha sido duro pra mim, como filha, criança, ter que lidar com todos os pormenores, hoje sei, palas minhas proprias lutas, o quanto ela foi dorte, o quanto ela sofreu e o quão dificil e debilitante é lidar com um transtorno desses.
Mas ela ficou bem. tem mais de dez anos que ela não uma unica crise que requeira mais que tomar um calmante, esperar um pouco, e continuar de onde estava. Inclua no meio disso uma experiencia traumatica em que ela passou 2 semanas na UTI apos uma cirurgia, mais meses de recuperação, e mesmo nesse tempo, assim que o corpo permitiu, ela foi capaz de voltar ao trabalho, pois é a rotina, a constancia, o dia a dia o seu maior aliado. Então, pode acreditar. Voce vai ficar bem sim.
beijos
Um grande beijo.
Voce tem uma familia maravilhosa, amigos por perto, entao, conte mesmo com eles nesse momento dificil. E ja pensou em procurar ajuda profissional? As vezes eh ate bom.
Qualquer coisa, mesmo eu estando tao longe, voce tem meu email. Estarei aqui pra qualquer coisa que precisar.
bjos
Muitos beijinhos para si.
Manú
Que Deus esteja sempre com você!!
beijos
Fé e coragem! (fácil desejar, mas vai assimilando que consegue!)
Com uma menininha linda dessas pra criar, filha do maior amor do mundo, e com 2 filhos jovens, não banque a forte.
Chore, desanime, levanta, sacode a poeira...um dia esse pânico deixa de atormentá-la.
Beijo e bom fim de semana.
"ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, nao terei medo de nada, pois Tu estás comigo..."
Eis um consolo precioso. Apesar de nós, ne?
Vou ja pra torre de vigia, querida.
Beijos.
Diz o ditado "que na vida tudo tem solução, só não há para a morte", assim sendo, como A Isadora escreveu, dando um pouco de humor ao trágico"do chão não dá para passar" e certamente se pode se erguer. Tratamento e garra pela vida ajudam a deixar isto para trás, bem como poder ser o que se é, e sentir o que esta se sentindo, ou seja: ser forte e fraca, triste e alegre, cada coisa a seu tempo.
Beijo.
Tive minha primeira crise a mais de 10 anos, tratei, melhorei e fui vivendo a vida. Vez em quando ela volta, como agora, e a vida pára, congela, mas como já tratei (medicamento, terapia, yoga, ginástica, paciência) sei que é passageiro e logo vou estar bem outra vez. Força você já tem, então, tenha paciência, que logo você toma as rédias de sua vida outra vez!!!
Beijins!
Parabéns, você está conseguindo. Os passos iniciais já foram dados e agora é uma questrão de tempo. Não é fácil amiga. É um sofrimento atroz. Mas você consegue, força e luz!!! Bjssssssss
Só hoje consegui passar por aqui para ver sua postagem sobre o MEDO!
Me identifiquei com suas palavras, pois já passei por isso! Já tive esse mix de depressão e síndrome do pânico e sei bem do que você está falando.
Já estou melhor, mas nunca mais fui a mesma pessoa, ainda tomo remédios e meu sonho e parar de tomá-los!
Vamos juntas, minha nova amiga, de mão dadas, vencer essa coisa que nos domina. Vamos?
Receba o meu abraço e o meu carinho!
Beijos
Lia
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