Eram deuses os intelectuais?
Penso que se, a Universidade ou Academia, fosse mais entranhada na sociedade e não encastelada intramuros, com certeza a discussão política que está acontecendo hoje seria mais rica. Penso que devemos voltar a ser os intelectuais que tanto sonhamos: cara a cara com a galera, palestrando, discutindo, argumentando, enriquecendo a luta. E não fazer isso apenas em tempos extremos. Mas ainda bem que estamos fazendo isso hoje nesse tempo de treva político - econômica - midiática.
Colegas queridos têm colocado "textão" justamente para trazer um pouco de diversidade na arena de guerra que virou a rede social. Terra de fanatismo e ódio que precisamos, veementemente, combater com discussões bem fundamentadas.
O ruim é que outros queridos às vezes só lêem o título e puxam o gatilho. Já aconteceu de se perguntar: "mas vc leu o texto?". "Ih, li não. Só li o titulo". E isso aconteceu com amigos pós- graduados. O que me leva a outro ponto: nível de escolaridade quer dizer muito pouco quando somos tomados pela nossa recusa em ouvir o que não concorda com o nosso pensamento.
Penso que nosso papel enquanto intelectuais é chamar pra real, falar e nos posicionar. Não somos deuses nem pretendemos (bom, eu falo aqui por mim), mas vejo meu conhecimento de quase 30 anos de estudo ser desqualificado com palavras até de baixo calão.
Não sou mais do que ninguém porque estudo a sociedade todo esse tempo. Mas não é possível que eu seja uma idiota.
Faço muito textão na tentativa da gente ser informado. Essa é a minha obrigação número um como intelectual: não deixar o conhecimento que me foi transmitido morrer em mim. Conhecimento que não se replica não serve pra nada. E de vaidade acadêmica, podem crer, eu entendo.
Nesse sentido, estou com Gramsci: intelectual tem que ser orgânico, estar na sociedade, na escola, no partido, nas instituições. Mas o mais importante: estar na rua no momento que a luta exigir. Esse é o momento.
Crica Viegas
Psicanalista
Doutoranda em Estudos de Linguagem pela UFF
Mestre em Administração/UFF
Assistente Social
Porque um mini - currículo nesse momento foi necessário pra quem tem me chamado de idiota, burra e ignorante.
Colegas queridos têm colocado "textão" justamente para trazer um pouco de diversidade na arena de guerra que virou a rede social. Terra de fanatismo e ódio que precisamos, veementemente, combater com discussões bem fundamentadas.
O ruim é que outros queridos às vezes só lêem o título e puxam o gatilho. Já aconteceu de se perguntar: "mas vc leu o texto?". "Ih, li não. Só li o titulo". E isso aconteceu com amigos pós- graduados. O que me leva a outro ponto: nível de escolaridade quer dizer muito pouco quando somos tomados pela nossa recusa em ouvir o que não concorda com o nosso pensamento.
Penso que nosso papel enquanto intelectuais é chamar pra real, falar e nos posicionar. Não somos deuses nem pretendemos (bom, eu falo aqui por mim), mas vejo meu conhecimento de quase 30 anos de estudo ser desqualificado com palavras até de baixo calão.
Não sou mais do que ninguém porque estudo a sociedade todo esse tempo. Mas não é possível que eu seja uma idiota.
Faço muito textão na tentativa da gente ser informado. Essa é a minha obrigação número um como intelectual: não deixar o conhecimento que me foi transmitido morrer em mim. Conhecimento que não se replica não serve pra nada. E de vaidade acadêmica, podem crer, eu entendo.
Nesse sentido, estou com Gramsci: intelectual tem que ser orgânico, estar na sociedade, na escola, no partido, nas instituições. Mas o mais importante: estar na rua no momento que a luta exigir. Esse é o momento.
Crica Viegas
Psicanalista
Doutoranda em Estudos de Linguagem pela UFF
Mestre em Administração/UFF
Assistente Social
Porque um mini - currículo nesse momento foi necessário pra quem tem me chamado de idiota, burra e ignorante.
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