DECISÕES DE FIM DE ANO
Vivemos presos ao calendário. Desde dietas até coisas inesquecíveis são datadas, no sentido de estarem em algum lugar da folhinha ou da agenda do celular.
Fim de ano é um período em que se fecham ciclos e faz a gente pensar no que fazer no seguinte. Fim de ano nos deixa ao mesmo tempo felizes e frustrados, pois realizamos muitas coisas e deixamos tantas outras para trás. Nunca conseguimos tudo que pretendíamos para aquele ano. Ainda bem que é assim. Realizar tudo seria morrer.
Como o fim do ano costuma ser de saudade dos que foram, raiva das burradas que cometemos, e a tal da frustração que faz parte, essa é uma época muito perigosa para se tomar grandes decisões, ou até as pequenas mesmo.
O ano de 2017 no Brasil não foi fácil pra maioria: desemprego ou ameaça de, instabilidade nas finanças, brigas reais por conta do clima político-caótico instalado. Tudo isso aliado aos problemas pessoais, transtornos emocionais e dificuldades de resolver questões torna o fim de ano totalmente contra-indicado a se decidir coisas. Pois nesse período estamos muito vulneráveis a sentimentos que voltam, a obrigatoriedade de muitas vezes passar as festas num clima familiar maquiado pra fotos e problemas não resolvidos.
Questões da vida não estão presas ao calendário que criamos, elas ultrapassam a barreira de uma agenda eletrônica. Acordamos no dia 26 de dezembro e dia 1 de Janeiro provavelmente com tudo o que sentimos que nos persegue ou se repete. Por isso, há que se colocar o pé no freio muitas vezes para não haver um arrependimento brutal depois apenas porque se quis começar o ano novo de outro jeito. Talvez o preço a se pagar pelo novo nos 12 meses seguintes seja tão alto que não valha a pena.
Claro que isso é muito subjetivo e muda de pessoa pra pessoa. O propósito do chamado aqui é apenas para que a gente preste atenção no que realmente está nos motivando a uma mudança de tal porte em tal área da vida justamente no período de festas onde todos ficam mais melancólicos.
Claro que nossas emoções fazem parte das decisões que tomamos, mas elas precisam ser dosadas com a razão e a história da vida de cada um, e com uma taça de prosecco ou tulipa de chopp na mão e muitos mais ml no sangue não é a melhor hora de decidir nada.
Os mais sábios que nós diriam para colocarmos por mais algumas noites nossas cabeças no travesseiro antes de tomar decisões que podem afetar nosso futuro imensamente. De repente não custa escutá-los.
Psicanálise pura e simples assim.
Crica Viegas
Fim de ano é um período em que se fecham ciclos e faz a gente pensar no que fazer no seguinte. Fim de ano nos deixa ao mesmo tempo felizes e frustrados, pois realizamos muitas coisas e deixamos tantas outras para trás. Nunca conseguimos tudo que pretendíamos para aquele ano. Ainda bem que é assim. Realizar tudo seria morrer.
Como o fim do ano costuma ser de saudade dos que foram, raiva das burradas que cometemos, e a tal da frustração que faz parte, essa é uma época muito perigosa para se tomar grandes decisões, ou até as pequenas mesmo.
O ano de 2017 no Brasil não foi fácil pra maioria: desemprego ou ameaça de, instabilidade nas finanças, brigas reais por conta do clima político-caótico instalado. Tudo isso aliado aos problemas pessoais, transtornos emocionais e dificuldades de resolver questões torna o fim de ano totalmente contra-indicado a se decidir coisas. Pois nesse período estamos muito vulneráveis a sentimentos que voltam, a obrigatoriedade de muitas vezes passar as festas num clima familiar maquiado pra fotos e problemas não resolvidos.
Questões da vida não estão presas ao calendário que criamos, elas ultrapassam a barreira de uma agenda eletrônica. Acordamos no dia 26 de dezembro e dia 1 de Janeiro provavelmente com tudo o que sentimos que nos persegue ou se repete. Por isso, há que se colocar o pé no freio muitas vezes para não haver um arrependimento brutal depois apenas porque se quis começar o ano novo de outro jeito. Talvez o preço a se pagar pelo novo nos 12 meses seguintes seja tão alto que não valha a pena.
Claro que isso é muito subjetivo e muda de pessoa pra pessoa. O propósito do chamado aqui é apenas para que a gente preste atenção no que realmente está nos motivando a uma mudança de tal porte em tal área da vida justamente no período de festas onde todos ficam mais melancólicos.
Claro que nossas emoções fazem parte das decisões que tomamos, mas elas precisam ser dosadas com a razão e a história da vida de cada um, e com uma taça de prosecco ou tulipa de chopp na mão e muitos mais ml no sangue não é a melhor hora de decidir nada.
Os mais sábios que nós diriam para colocarmos por mais algumas noites nossas cabeças no travesseiro antes de tomar decisões que podem afetar nosso futuro imensamente. De repente não custa escutá-los.
Psicanálise pura e simples assim.
Crica Viegas
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